Não foi, o 20 de setembro, o precursor da Liberdade, como canta o Hino Rio Grandense, pois após o término da Guerra dos Farrapos, o Rio Grande do Sul continuou atrelado ao governo brasileiro. Mas foi, sim, o precursor do grande orgulho que o povo riograndense tem por sua terra, seus hábitos, sua cultura.
O gaúcho é estimulado, desde a mais tenra idade, a valorizar suas tradições, habituar-se com o vocabulário campeiro e a ouvir suas canções típicas, repletas de sentimento de amor a seu estado/pátria e cultiva hábitos como chimarrão, carreteiro e churrasco em todas as camadas de sua sociedade, hábitos antes restritos à lida nos campos, aos trabalhadores das zonas rurais. Somos hoje, um grande estado/nação de campeadores!
CARLOS von KOSERITZ, grande amante que era das coisas do Rio Grande e do Brasil, foi um dos pioneiros no resgate desta cultura. Publicou poesias populares, instigou o povo a valorizar suas origens e foi, por isso, admirado em todo o país.
Segundo José Fernando Carneiro, biógrafo e historiador, no livro KARL VON KOSERITZ (Cadernos do Rio grande X):
"Merecem referências seus estudos sobre a poesia popular rio-grandense, que ficaram célebres. Foi (Koseritz) quem primeiro identificou e colheu no Rio Grande uma versão de NAU CATARINETA. As quadras populares que coligiu serviram depois a Simões Lopes Neto na elaboração do seu CANCIONEIRO GUASCA. Um precursor (Koseritz), portanto, na família dos nossos folcloristas."
Que sirvam, pois, essas façanhas, de modelo a toda gente!
Um 20 de setembro abençoado aos gaúchos e gaúchas de todas as querências!
Silvia Meirelles Kaercher
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