quarta-feira, 28 de março de 2012

Alceu Feijó e os Koseritz


O texto abaixo foi publicado na contra capa do livro Carola.

Alceu Feijó e sua neta, Silvia M. Kaercher, autora de "Carola".

A jovem Silvia sempre foi interessada pelas histórias e lembranças da família e os Koseritz  povoavam sua imaginação e a instigavam a querer saber sempre mais.  Anos mais tarde, ficou admirada ao descobrir o quanto a obra e a vida de seu tetravô Carlos von Koseritz foi importante para o Rio Grande do Sul e para o país. Histórias que nem mesmo a família conhecia.
Á medida que as imagens e histórias de sua trisavó Carolina von Koseritz surgiam, iam desafiando-a a escrever a história de seus antepassados, para reconhecimento das novas gerações que pouco ou nada teriam ouvido ou sabido sobre esta mulher que engrandeceu a Província com suas habilidades de escritora e tradutora.
Enquanto nomes, datas, momentos, acontecimentos começaram a ser desvendados da vida de Carolina, surge seu pai, Carlos von Koseritz, grande tribuno, deputado provincial e defensor do germanismo. Jornalista pertinaz e idealista, sofreu agressões e foi combatido, mas continuou destemido a defender suas ideias, legítimas, desafiando autoridades religiosas e políticas e tornando-se internacionalmente reconhecido por sua luta a favor dos imigrantes alemães e no desenvolvimento cultural da província.
No livro de Sílvia, vemos esse universo reconstruído, nas discussões políticas, nos debates, na cultura e nos hábitos da era Imperialista, que movimentaram o Rio Grande do Sul e o Brasil do século XIX.
 

Alceu Mário de Sá von Koseritz Feijó é jornalista, avô da autora e bisneto de Carlos von Koseritz.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Parabéns, Porto Alegre: 240 anos!

Cidade que Carlos von Koseritz elegeu para viver e trabalhar, motivo de orgulho e amor, Porto Alegre completa hoje 240 anos. Aqui nasceram as quatro filhas de Carlos, Carolina, Adelaide, Zelinda  e Zeferina. Nesta terra, encontram-se os restos mortais do grande jornalista e deputado, defensor ferrenho dos imigrantes alemães e da cultura germanista.
Abaixo, um trecho do livro "CAROLA", que demonstra a paixão de Kosertitz por sua cidade adotiva:


Rua da Praia, 1910.
"Providenciaram a retirada das bagagens do vapor, junto com o escravo Tião. Depois de tudo embarcado nos carros, partiram para a Rua da Olaria. Carlos ia admirando a paisagem de Porto Alegre e seu coração ia se acalmando. Respirava a plenos pulmões o ar gelado do Rio Grande e isto lhe fazia um enorme bem. Dois meses eram tão pouco, mas para ele fora uma eternidade. Notava que pouca coisa havia mudado. Apenas as mudanças costumeiras. Quando foi para o Rio de Janeiro, o outono dourava as copas das árvores, e agora, poucos dias depois do começo do inverno, elas já estavam totalmente nuas. Pouco verde se via pela cidade. Mas o movimento de gente nunca cessa, nem quando o gelado minuano sopra, então ali estavam os porto-alegrenses, circulando em seus carros e bondes, montados em seus cavalos ou caminhando pelas ruas largas e regulares da capital da província."
                                                                      (Carola, de Sílvia Meirelles Kaercher)