"E, pois, embora o diário lidar da imprensa periódica me tenha gasto a imaginação,
tenha cortado as asas à minha fantasia,
embora a realidade da vida material tenha, uma por uma, destruído as minhas ilusões poéticas da primeira juventude,
em que me extasiava a vista de verdejante prado,
de argênteo riacho,
o doce trinar do rouxinol;
embora esse santo tempo de enlevos poéticos já vá longe,
digo, ainda me fala à alma a majestade do oceano e,
onde a doce poesia já não acha eco,
o ribombar da tempestade ainda desperta simpatias,
ainda me inspira."
Carlos von Koseritz
Trecho da obra de Karl von Koseritz. Um drama no mar, de 1862. Cf. VAZ, Artur Emílio Alarcon; MELLO,
Juliane Cardozo de. Carlos von Koseritz. Novelas. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro: Corag, 2013.