Abaixo, um trecho do livro "CAROLA", que demonstra a paixão de Kosertitz por sua cidade adotiva:
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Rua da Praia, 1910. |
"Providenciaram a retirada das bagagens do vapor, junto com o escravo Tião. Depois de tudo embarcado nos carros, partiram para a Rua da Olaria. Carlos ia admirando a paisagem de Porto Alegre e seu coração ia se acalmando. Respirava a plenos pulmões o ar gelado do Rio Grande e isto lhe fazia um enorme bem. Dois meses eram tão pouco, mas para ele fora uma eternidade. Notava que pouca coisa havia mudado. Apenas as mudanças costumeiras. Quando foi para o Rio de Janeiro, o outono dourava as copas das árvores, e agora, poucos dias depois do começo do inverno, elas já estavam totalmente nuas. Pouco verde se via pela cidade. Mas o movimento de gente nunca cessa, nem quando o gelado minuano sopra, então ali estavam os porto-alegrenses, circulando em seus carros e bondes, montados em seus cavalos ou caminhando pelas ruas largas e regulares da capital da província."
(Carola, de Sílvia Meirelles Kaercher)
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